Filmes que assisti e recomendo: A Cura (A Cure for Wellness)

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Olhem só quem apareceu, a margarida! Digo, A Escritora na Janela. Na postagem de hoje eu trouxe uma novidade, o quadro "Filmes que assisti e recomendo". E para inaugurar esse quadro com o pé direito, vamos falar sobre o filme "A Cura" do gênero supense/mistério, dirigido por Gore Verbinski.

Não recomendado para menores de 16 anos

"Um jovem e ambicioso executivo (Dane DeHaan) é enviado para os Alpes Suíços com a missão de trazer de volta o CEO da empresa, em tratamento em um 'Centro de Cura'. Após sofrer um acidente automobilístico, no entanto, o rapaz acaba internado na mesma instituição, cujo corpo médico promete purificar os pacientes por meio de uma água milagrosa – e que se localiza em um lugar de passado misterioso. Incapacitado de retornar para casa, o personagem passa a duvidar da própria sanidade, ao mesmo tempo em que desconfia da motivação do doutor responsável pelo “spa”."

- Sinopse, A Cura

"A Cure for Wellness" ou "A Cura", na sua versão traduzida, é aquele tipo de filme que prende a sua atenção do início ao fim. Ao contrário de algumas críticas que encontrei, antes de escrever essa postagem, o roteiro me surpreendeu em muitos aspectos. Entre eles, o fator mistério e profundidade. Se você entrar na história - e não ficar naquele jogo de adivinhação "o que vai acontecer a seguir?", vai captar exatamente as suas mensagens, críticas e referências.

O que você faria se ficasse preso, contra a sua vontade, em um sanatório/spa de luxo? E mais, se descobrisse tratamentos para lá de bizarros - com uma promessa de "Cura", somados com experiências e torturas que acontecem no local há mais de 200 anos, e ninguém acreditasse em você? É exatamente nesse cenário que o personagem Lockhart, um jovem operador do mercado financeiro, se encontra. Enviado de Nova York para buscar um executivo de sua empresa na Suíça, o jovem vai percebendo - ao longo de toda a história, que o "Centro de Cura" vai muito além de um sanatório, de um spa ou de qualquer coisa do tipo. E que a sua missão de buscar Roland Pembroke, CEO da empresa, se estendeu a uma missão pessoal e maior do que podia imaginar: sair daquele local e desvendar todos os mistérios que o cercam, no seu presente e, principalmente, no seu passado sombrio.

Ao ouvir mais de uma versão sobre a história do castelo, onde o sanatório está localizado, e observar o comportamento estranho de seus funcionários, diretor e pacientes - parecendo quase zombies sob o efeito dos tratamentos e da tal "água milagrosa", a curiosidade de Lockhart aumenta cada vez mais, o colocando em situações de perigo e de intensa perseguição pela equipe médica. Completamente sozinho e desesperado, o personagem não se conforma com as opiniões médicas sobre o seu estado e com tudo o que acontece dentro do sanatório. Durante a sua busca por respostas, conhece Hannah, um caso especial do Centro de Cura e, por isso, tratada como uma filha pelo diretor do local. Como o tratamento da menina sempre foi diferenciado, não é submetida as mesmas práticas dos pacientes - o que a mantem com uma certa lucidez, se tornando uma fonte de esperança para as aflições de Lockhart.

Recomendo o filme para os amantes do gênero suspense/mistério, que gostam de uma pitada de terror, mas que não abrem mão de uma história bem contada. Para quem não entendeu alguma parte do filme ou ficou confuso, assistindo até o final - e presentando atenção em todos os diálogos e cenas, dá para ligar os pontos. E conforme você for entendendo a história e a motivação por trás das práticas no sanatório, ele vai ficando mais e mais bizarro.

Sem mais spoilers, "A Cura" tem a fórmula para uma obra de sucesso. Embora o final não tenha agradado a maioria, é um filme que vale a pena assistir. A fotografia é impecável, assim como a direção de arte e todos os detalhes que a produção se preocupou na hora de criar uma atmosfera sombria e ao mesmo tempo misteriosa, que casa perfeitamente com todos os segredos que o castelo esconde. Até a próxima postagem do quadro e bom filme!

Peguem a pipoca, as cobertas e desliguem as luzes...